Assassinato por Escrito era uma série de TV norte-americana envolvendo intriga e mistério, criado por Peter S. Fischer, Richard Levinson e William Link, protagonizada pela atriz inglesa Angela Lansbury e apresentado originalmente pela CBS entre 30 de setembro de 1984 a 19 de maio de 1996, num total de 264 episódios, com duração de 60 minutos aproximadamente cada, em 12 temporadas. Apesar desta série ser um sucesso nos Estados Unidos e em diversos outros países, no Brasil ela foi apresentada, quase sem destaque pela Rede Globo, depois com o advento da televisão por assinatura passou da ser mais assiduamente transmitida pela USA Network.
A série foi criada como uma combinação de espetáculos como Columbo, Mannix, Alfred Hitchcock Presents e de Ellery Queen. O programa foi rapidamente transformado num dos espetáculos mais bem sucedidos, freqüentemente avaliado entre os primeiros lugares nos Estados Unidos e também entre os mais caros da televisão.
O espetáculo possuía uma narrativa razoavelmente estável, centrada na vida cotidiana de uma professora de inglês chamada Jessica Fletcher, residente em Cabot Cove, que após se aposentar e ficar viúva do seu marido Frank, passou a escrever histórias envolvimento casos misteriosos.
Certo dia ao mostrar ao seu sobrinho Grady Fletcher a história, ele ficou tão encantado com a história que resolveu enviar a uma grande editora de Nova Iorque, para apreciação, sem que ela soubesse. A história acabou se transformando num livro chamado “The Corpse Dandec at Midnight”, de grande sucesso, fazendo com que Jessica virasse uma grande escritora. Até o final da série, ela havia escrito em torno de 28 livros.
Ela também passa a realizar constantes viagens, por quase todo o Estados Unidos, para promover seus livros e dar conferências. Apesar da fama e da fortuna, Jessica continua a manter suas ligações com seus velhos amigos, nunca deixando o sucesso subir a cabeça.
Toda sua criatividade em escrever os livros de mistérios provinham de sua insaciável curiosidade e uma imaginação fértil e também por ela sempre acabar se envolvendo de alguma forma, quando um assassinato acontecia, fazendo com que ela iniciasse uma investigação, por conta própria, como se fosse a protagonista de um de seus livros.
Geralmente as autoridades locais não gostavam de suas interferências e principalmente quando ela rebatia as suas conclusões. Os policiais quase sempre acabavam por prender o suspeito mais provável, mas Jessica com seu aguçado faro para desvendar os mais intrigados crimes, sentia invariavelmente que o culpado estava longe de ser aquele suspeito apontado.
Cuidadosamente e metodicamente iniciava suas investigadores e acabava por fim, prendendo o verdadeiro culpado, deixando os policiais cair no ridículo, diante de suas conclusões, com base em razões simples e conclusões precipitadas. Em quase todo final do episódio, o assassino acabava confessando e expondo seus motivos diante dos policiais.Freqüentemente o culpado era interpretado por uma estrela convidada ou uma personalidade da televisão. Cada episódio era auto-conclusivo, com um final muito claro e com argumentos que não se relacionavam a episódios anteriores ou posteriores. No espetáculo alguns acontecimentos obedeciam praticamente a mesma fórmula:
Jessica, geralmente se encontrava próximo a cena do crime e às poucas horas do fato ter acontecido; os policiais nunca iniciavam corretamente suas investigações e na maior parte das vezes acusa sempre o sujeito errado; Jessica usava sua própria maneira de investigar e resolver os mistérios; seus amigos eram quase sempre inocentes e Jessica sempre, alguns minutos antes do último comercial, aparecia para explicar as circunstância que conduziram ao crime e mostrar a identidade do verdadeiro culpado.
Apesar da natureza do programa, a noção que uma morte violenta pudesse atingir seu mundo e de seus velhos amigos envolvidos no mistérios eram constantes e demonstravam não ser um lugar seguro, mas a sabedoria e a capacidade de raciocínio aguçado de uma mulher mais madura e de mais idade, representam uma arma para que tudo aquilo. Assassinato por Escrito também se consolidou como uma alternativa familiar a outras séries como Hills Street e Miami Vice, que chamavam mais a atenção da crítica naquela época. Lansbury se recusava a interpretar uma velha acomodada.
Estava sempre ativa, interessada em seu mundo e com isso pavimentou o comportamento das mulheres mais velhas na televisão, em especial aos sitcom, onde participavam pessoas de bastante idade. A série também acendeu a chama para outras séries similares, que eram protagonizados por atores mais velhos e veteranos como Perry Mason e Matlock com Andy Griffith.
A série teve numerosas indicações ao prêmio Emmy, onde Angela Lansbury recebia a maioria das indicações, mas o espetáculo só ganhou duas vezes, em 1986 para o “costume design” e composição musical em 1985. Apesar disso, Angela obteve mais sucesso em outros prêmios. Somente o “Golden Globe Awards”, por exemplo, recebeu quatro.