Certamente, existe alguma pressão para procriar nas sociedades ocidentais, mas em alguns países nem sequer é uma questão de escolha. Casada, mas sem filhos, a circunstância da diretora Aicha Macky é considerada inaceitável em seu país natal, o Níger. Os médicos não conseguiram determinar por que ela não pode conceber, mas em sua sociedade muçulmana conservadora, as mulheres sempre são culpadas pela infertilidade, enquanto os homens raramente são diagnosticados. Falando com a mãe falecida que morreu no parto, ela expressa sua profunda tristeza: “Ao dar a vida, você perdeu a sua, enquanto eu estou morrendo lentamente por não poder dar a vida”. Com base em sua experiência pessoal, Macky aborda corajosamente o tabu da falta de filhos e o estigma que as mulheres nigerianas como ela devem suportar. Por meio de retratos delicados e requintados, e observação sensível do sofrimento secreto de outras mulheres, ela encontra uma maneira de se afirmar como uma pessoa realizada entre as mães.