Tomando como inspiração a vida e a obra do escritor paraense Dalcídio Jurandir, o filme elabora uma sensível costura entre tempos, lugares e modos de narrar. A jornada do romancista enquanto inspetor escolar na década de 1930, a subir e descer o rio, ficou registrada em cartas enviadas à sua família. Esses relatos são personificados na voz da diretora Letícia Simões e impressos sobre uma paisagem contraditoriamente atemporal, ecoando a difícil vida das pessoas que ali residem e tornando-se uma espécie de guia poético de navegação rumo a um Brasil ainda desconhecido.