As convenções natalinas costumam provocar reações antagônicas. Enquanto uns amam os rituais da época, outros gostariam de se teletransportar para o ano novo que se anuncia. Na casa da família Santos, em Madureira, Neuza (Zezé Motta) é do tipo que mantém firme a tradição. Cada enfeite, cada luzinha vai para a árvore com extremo zelo e cuidado. Por isso, Orlando (Milton Gonçalves) sente calafrios ao ouvir, do quarto, um estrondo que vem da sala, onde a esposa estava arrumando tudo. Em pleno mês de dezembro, a morte repentina da matriarca tem o efeito de um terremoto, abalando as estruturas de todos na família. Mas será que esses pilares eram realmente seguros? A ausência de Neuza (Zezé Motta) leva Orlando (Milton Gonçalves) à depressão e revela as rusgas no relacionamento entre os irmãos André (Fabrício Boliveira) e Vera (Camila Pitanga), que está sobrecarregada com o trabalho, o cuidado com a filha Letícia (Gabriely Mota) e a realidade do desemprego do marido, Jorge (Luciano Quirino). Não há o menor clima para a ceia, nem dinheiro para troca de presentes. Mas o jogo muda quando uma iniciativa de Letícia e a disposição de Orlando obrigam a família a rever seus conceitos e comportamentos. Depois do luto, Orlando vai buscar uma ocupação para os seus dias. Sem perceber, é justamente o genro, Jorge, desempregado, quem faz a provocação: se ele, um pouco mais jovem, está sem trabalho há sete meses, o sogro, pela idade, só teria vaga se fosse para ser Papai Noel. Passada a raiva inicial, Orlando considera a ideia e começa a procurar uma forma de ser útil na temporada natalina. Mas só encontra portas fechadas e a responsável por abri-las será Letícia (Gabriely Mota), sua neta querida.