A Equipe do projeto Médio Awash trabalhou durante três anos para escavar o esqueleto “Ardi” em um local chamado Aramis, na Fenda de Afar, Etiópia. O trabalho de recuperação dos ossos envolveu dezenas de cientistas do mundo todo.
Quando a montagem do esqueleto finalmente terminou, em 1997, a equipe tinha mais de 125 peças de um indivíduo, uma fêmea de 4,4 milhões de anos de idade, o mais antigo esqueleto de hominídeo já encontrado.
A nova criatura foi classificada como Ardipithecus ramidus pelos cientistas. O nome vem da língua falada em Afar, em homenagem à população local.
Ardipithecus significa “macaco terrestre” e ramidus, “raiz”. Portanto, “raiz dos macacos terrestres”.
A descoberta desse bípede florestal com dentes caninos espessos insinua que muito de nossa peculiar anatomia sexual e fisiologia – heranças genéticas e a forma como andamos, por exemplo, podem estar fundamentalmente ligadas às de “Ardi”. E são muito mais antigas do que jamais se imaginou.